Eugene Boudin
Na história deste dia, mais uma vez retirada do livro Kiko e Gui, o pai da Gui tenta explicar-lhe a através dos sentidos como ela é bonita e diz que ela é preciosa.
O diálogo segue à volta do conceito do que é precioso, eles vão dando exemplos: brilha, é valioso, é um tesouro.
Tento aprofundar o texto e lanço uma questão provocadora: uma pessoa que não é bonita pode ser preciosa?
- Pode se não for má - D
- Os pais gostam sempre dos filhos - N
- Pode ser bonito por dentro - M
O que é ser bonito por dentro? pergunto
- Ser bonito por dentro é ter bom coração, ser amigo, não fazer mal a ninguém- G e D
- Ajudar os outros - T
- Pode ser feio por dentro? D
- O que é ser feio por dentro? pergunto
- Fazer mal, por exemplo: as pessoas estão em perigo e não ajudam - D (começam a dar exemplos mesmo sem eu pedir)
- Bater nos colegas - T
- Ser mal educado e não fazer paz - E (relacionam a paz)
- De que cor é um coração bom? Pergunto
As resposta variam, mas optam sempre por cores claras e alegres: Vermelho, verde, azul claro...
- De que cor é um coração feio? pergunto
As resposta vão todas para as cores escuras: preto, roxo, cinzento, castanho...
dizem ainda: a amizade é verde e o medo é preto, muito escuro.
Foi uma aula animada, associar cores aos sentimentos foi valioso para que eles compreenderem como se pode ajudar a Gui e como forma de abrirem o seu leque de hipóteses e de ver o mundo.
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