domingo, 9 de março de 2014

A diferença


Pieter Brugel

A propósito do livro Kiko e Gui, e explorando o facto da Gui ser cega, coloquei uma questão directamente. Normalmente gosto que sejam eles a indicar qual o tema a seguir, mas como ainda estávamos no início penso que o estimular o debate com perguntas os levaria mais depressa a aprofundar o diálogo.
Pergunta: Acham que um menino cego pode brincar?
Respostas:
- Não, porque não vê - T
- Não pode ver os brinquedos - C
- Se ajudarmos pode - B
- Se tiver óculos pode - G
Fazemos o jogo do telefone estragado (uma palavra que passa pelo grupo segredada ao ouvido)
Pergunto: Este jogo a Gui podia jogar?
- Sim - B e M
- À apanhada não podia - B
- Podia ouvir o som dos animais - R
- O jogo da batata quente - G
- O jogo das adivinhas e anedotas - C
...
Foi interessante porque as crianças que inicialmente achavam que a Gui não podia brincar, mudaram de ideias e o grupo passou a considerar que havia brincadeiras para a Gui. Este é o início da comunidade de investigação, quando por meio das diferentes opiniões os alunos corrigem a sua crença inicial.

 

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